É uma doença hemorrágica transmitida por mosquito e causada por um vírus da mesma família dos da dengue da zika, a Flaviviridae. Ela tem curta duração, não costuma passar de 12 dias, e apresenta graus diferentes de intensidade. Nas formas leves, os sintomas podem passar quase despercebidos. Nas graves, é letal em cerca de 50% dos casos. O nome se deve ao tom amarelado causado pela icterícia em alguns pacientes.
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos. O mosquito infectado transmite a doença para os seres humanos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra
A doença é a mesma. O que muda é o mosquito transmissor, que também é o reservatório do vírus. Na silvestre, é principalmente o Haemagogus janthinomys e, em menor escala, os do gênero Sabethes. O da urbana, o Aedes aegypti.
A forma urbana preocupa mais devido à ampla distribuição do Aedes, mas não é detectada desde 1942.
O mosquito pica macacos infectados e depois pica o ser humano transmitindo a doença ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano
A doença se manifesta de três a seis dias depois da picada pela fêmea do mosquito. Os sintomas surgem de forma abrupta. A pessoa quase sempre começa a se sentir muito mal repentinamente.
Os sintomas variam de uma pessoa para outra, mas há dor de cabeça e pelo corpo, calafrios, pulsação lenta, febre alta, náuseas e vômitos. Isso pode durar cerca de três dias. Eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
Não existem medicamentos específicos. Apenas os sintomas são tratados e a pessoa melhora em função da resposta de seu sistema imunológico.
Com uma vacina, altamente eficaz. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 99% das pessoas vacinadas ficam imunizadas. A vacinação é o modo mais eficiente de evitar a disseminação de surtos.
A vacina é feita com um vírus atenuado e existe desde 1937, tendo sido aperfeiçoada depois. Algumas pessoas podem apresentar reações brandas, como febre. E, em casos raros, pode ocorrer uma doença semelhante à própria febre amarela. Mortes são consideradas extremamente raras.
O Brasil segue a recomendação da OMS de uma dose da vacina, que faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI). No país, as crianças devem receber a vacina aos 9 meses e aos 4 anos de idade. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina. No entanto, o Ministério da Saúde anunciou, no dia 9 de janeiro de 2018, que vai adotar, entre fevereiro e março deste ano, o fracionamento de doses da vacina contra a febre amarela em três estados: Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. Com a divisão, uma dose que antes era aplicada em uma só pessoa será destinada para quatro.
Essa medida é recomendada pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) como uma das estratégias de imunização que podem ser usadas em casos de emergência.
Segundo o ministério, a dose fracionada não será destinada a todos. Crianças de 9 meses a até 2 anos, pessoas com condições clínicas específicas (como pacientes com HIV/Aids), gestantes e viajantes internacionais vão continuar tomando a dose padrão.
A dose fracionada também não vale para quem for viajar a países que exijam o certificado internacional de vacinação contra a a febre amarela.
A taxa de letalidade da febre amarela no Brasil é muito elevada e chega a 50%, com base nos surtos registrados a partir de 1980. Porém, há variação de um surto para outro de 23% a 100%.
Em 2017, a taxa de mortalidade ficou em cerca de 30%.
A febre amarela se originou na África. Ela chegou ao Brasil no século XVII com a escravidão, trazida em navios negreiros, junto com o Aedes aegypti. A primeira epidemia descrita no Brasil aconteceu em 1685 em Recife. Já era o maior problema de saúde pública no século XIX. Coube às famosas campanhas lideradas por Oswaldo Cruz e seus sucessores, o controle da febre amarela urbana na primeira metade do século XX. Porém, a febre amarela silvestre nunca deixou de ser uma ameaça à saúde pública.
Os macacos não transmitem febre amarela para o ser humano, mas são hospedeiros naturais. Eles adoecem e morrem da doença. Principalmente, os bugios (também conhecidos como barbados ou guaribas) e os sauás (ou guigós). O reservatório da doença é o mosquito. A morte dos macacos é um aviso de que o vírus está presente numa determinada região.
Cerca de 90% dos casos no mundo acontecem na África, o continente de origem da doença e onde há 47 países onde a febre amarela é endêmica. A febre amarela também está presente nas Américas do Sul e Central. A OMS estima que a febre amarela mate até 60 mil pessoas por ano no mundo. O número real de casos de doença e morte é difícil de ser estimado porque a febre amarela muitas vezes é confundida com outras infecções e os casos leves não são notificados.
Fonte: O Globo
1 Comentário
Já tive alergia ao tomar alguns tipos de medicamentos (dipirona, diclofenaco, bezetacil ibuprofeno..), porém ainda não fiz o teste de Alergia q identifica quais medicamentos posso tomar. Posso tomar a vacina da febre amarela ou corro algum risco??